Friday, June 20, 2008

O espelho de Osejed


Eu comecei a ler Harry Potter la pelo os meus 12 anos e desde então, passaram-se aproximadamente 8 anos. De todos os 7 livros que eu já li e decorei, de todas as coisas fantasiosas que existiam. Uma me chamou atenção desde o começo o espelho de Osejed. Segundo palavras do próprio Dumbledore " Uma pessoa se fosse a mais feliz do mundo poderia usa o espelho de Osejed como um espelho normal, veria apenas o seu reflexo. Ele mostra nada mais nada menos do que os desejos mais profundos e desesperados de nosso coração." Se eu tivesse um espelho desses no meu quarto, hoje em dia eu teria medo de olhar. Pois um dia eu teria conseguido, como Dumbledore disse apenas ver meu reflexo pois não havia nada que eu pudesse desejar. Mas hoje em dia me faltaria coragem para olhar esse espelho. Minha mente e coração travam uma batalha direta todos os dias quando acordo.
Porque não faço ideia de qual seria o meu desejo mais desesperado e profundo(na verdade eu sei mais tenho vergonha de confirmar de diante do espelho.) e por enquanto tenho medo de saber.
Vou deixar o meu espelho de Osejed dentro do armário, pelo menos por enquanto. Quem sabe um dia eu não consiga usar como um espelho normal novamente.
E você o que veria se olhasse no espelho de Ojesed??
Não quer contar? tudo bem guarde pra você afinal de contas eu não contei o que veria também.

Citação


"Estava achando difícil decidir se queria ou não a companhia das pessoas; sempre que estava acompanhado queria ir embora e sempre que estava sozinho queria companhia..."
(HPeOdF, pagina 687.)

Sunday, June 15, 2008

Os pais que enterram seus filhos


Na minha terra eu aprendi que os filhos são os que enterram os pais, mais eu aqui hoje estou indo contra a natureza da vida. Estou aqui para te enterrar Anabella. Talvez enterrar seja uma palavra muito forte, estou aqui para esconder esse sonho louco que é o de ser seu pai.Eu realmente sonhava que você um dia poderia existir, eu ficaria horas olhando para você tentando separar quais caracteristicas você puxa da sua mãe e de seu pai. Realmente entramos nessa aventura, escolhemos primeiro o mais belo dos nomes, segundo pensamos como seria sua aparência os dois (seu pai e sua mãe) brigando para ver quem dominava quem em cada quesito genético, depois pensamos no quarto (nunca contei para sua mãe mais eu já sabia como seria o seu quarto há tempos.)Mais Anabella se eu pudesse te ensinar uma lição antes mesmo que você nascesse seria essa: A vida segue caminhos que ás vezes não gostamos mas não nos resta outra coisa senão caminhar, só nos resta aceitar.E pela primeira vez em dois anos de sua concepção mental, eu tenha que lhe dizer Anabella que talvez não serei seu pai. Não precisa chorar nem ficar triste querida, quem sabe o seu novo pai não pode ser mais legal que eu? Talvez ele lhe dê todos os presentes que você pedir, talvez você fique mais bonita com as carcteristícas genéticas dele. Mais o motivo principal para você amar o seu futuro pai Anabella, é se ele fizer a sua mãe feliz.Se ela estiver feliz ai tenho certeza absoluta que ele amará você também.Vou tentar mesmo não sendo mais nada seu, fazer do mundo um lugar melhor para quando você finalmente nascer, poder aproveitá-lo da maneira que bem entender. Quem sabe a gente não se encontre por ai, ficaria feliz em observa-la crescer e ser feliz. Se cuida menina que o mundo todo é seu e obrigado pelos dois anos em que sonhei carrega-la nos braços, eu me diverti muito com isso.

Tuesday, June 03, 2008

O mundo de Bob.


Eu tento seguir com as minhas convicções. Que são as mesmas há quase dois anos. E ultimamente eu tenho que confessar estou perdido. Vivo a minha própria e maluca realidade, dentro dessa minha cabecinha paranóica. Essa loucura esquizofrênica é que ainda me levanta com dificuldade pelas manhãs, alivia um pouco o frio dos domingos e até consegue me fazer soltar um sorriso. Se é correto ou não, ainda é cedo para dizer. Ainda é cedo para eu fazer qualquer coisa que não seja viver no meu mundo daltônico enxergando as cores e as situações do meu jeito.
Contudo existem horas que a verdade vem fazendo suas entranhas revirarem. Quando você sente o peso do seu mundo nas costas. Toda a ilusão que você criou parece pesar a cada passo que você dá, a cada atenção que você tenta dar a alguma explicação de aula, você quase tenta sentir uma dor maior para que essa diminua, mas você nem tem coragem suficiente. Alias você não tem nem coragem. Se sente inferior. Você vive no seu mundo, não por medo do mundo real, mas porque o seu mundo real dói. Se fosse para viver completamente no mundo real, você ia querer um novo corpo uma nova vida. Não ganhando nenhum dos dois é preferível viver no seu mundinho. No meu mundinho, ser forte, ter um carro ou uma casa na praia, não faz diferença. Faz sim o sentimento, o coração, que é único e diferente de pessoa pra pessoa. Todos esses os outros requisitos no mundo real fazem uma diferença absurda. Porém o que mais diferencia o mundo real do meu mundo de Bob, é que no mundo real existem perguntas que não tem resposta. Você fica se perguntando, mais duvidas vai criando, não entende os motivos e mais as suas entranhas vão se apertando. Enquanto no meu mundinho, as respostas são o que eu enxergo, independente do que pareça. Por isso eu leio os mesmo livros e filmes pela décima vez, porque no meu mundinho é a primeira.
Eu ainda não posso viver no mundo real, roubaram o meu escudo. Por isso estou com todos esses ferimentos.